Páginas

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Mara Nibra
De vez em quando acordo meio Maysa... um gosto de sal na boca, e a cabeça barulhenta. Nesses dias não consigo chover, não consigo acalmar minhas águas revoltas. E eu precisava tanto... Mas entro pela contramão, ajo com a impetuosidade das marés, vou e volto, incansáveis vezes. No fundo, só o que eu queria era a calmaria das marolas e o corpo flutuando na superfície do mar. Água fresca e corrente, sem formar hábitos, sem me acostumar a nada... Porque ando cansada desse recolhimento... e a Maysa eu queria só no som da sala, musicando o ar enquanto eu enfeitaria o cabelo e sairia por aí. - Solange Maia

Nenhum comentário:

Postar um comentário