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sábado, 10 de fevereiro de 2018

Momento Antagonista


Como entender um mundo onde o malandro se sai bem,
o ladrão não é punido, a agressão é abafada, a liberdade negada!
Não tem como aceitar, muito menos há o que fazer a não ser ficar
de feição abismada!

O pobre não tem vez, o pilantra é freguês,
Otário é quem quer ser honesto...
Onde a decência é um incesto, e só se faz
Insensatez!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Ser ou parecer! Eis a questão!



Cada vez mais tenho visto pessoas em redes sociais, das quais também estou incluída...
Querendo "parecer" e aparecer! Elas se desdobram para parecerem importantes, interessantes, felizes. Mas deixam de lado a vida real, quando a cortina fecha, as luzes apagam... O que resta? Pessoas de verdade, que vivem uma vida real, porém mostram um mundo ilusório que acabam acreditando de tanto que posta... posta... posta...
É preciso se policiar, se questionar, auto-analisar. Será que não estou somente querendo fazer parte de um grupo, uma massa que levanta a bandeira da vida perfeita, que batem em retirada frente aoreal, que é nu e cru?
As pessoas não se vêem mais, elas são expectadoras somente, elas se assistem num mundo de revista Caras dos anônimos.
Ficar off não é não participar da vida, ou não viver. Ao contrário, é interagir de forma mais real e absoluta, deixar de ser expectador, sair da arquibancada e entrar no campo de verdade!

sábado, 2 de abril de 2016

Papa Francisco disse esse ano é o ano da misericórdia... que precisamos misericordiar!
É realmente uma tarefa difícil... como dizem: é para os fortes!
Mas podemos ser fortes em Deus, apesar do apelo de miséria humana que existe em cada um de nós! Porém Deus que é a nossa melhor porção nos torna capazes de liberar o perdão. Esse ato é libertador e traz ganho principalmente para quem o dá!
Fácil não é! Mas é possível!
Lugar de lixo é no lixo...
Viver sem mágoa é viver em PAZ!

sábado, 19 de dezembro de 2015

É impossível querer lutar contra as injustiças do mundo, do país, da cidade. Até mesmo o que acontece ao nosso redor...Não existe arma contra isso, nem argumentos. Nada há o que se fazer para mudar isso. A humanidade está doente, ensimesmada!

sábado, 29 de agosto de 2015

Gostaria de saber...

Onde está meu carnaval?

Alguém viu as cores, a música, a fantasia, o brilho?

E a bateria que tocava dentro da alma onde foi parar?

Está tudo escuro na avenida, não tem holofote, serpentina, nem suspiros de emoção!

Cadê? Para onde foi meu carnaval?

Poderia ele está em algum lugar estancado, desclassificado por algum jurado injusto?

Será que ainda hei de ver essa avenida iluminada e repleta de cores?

domingo, 12 de julho de 2015

Meu eu mais egoísta adora perceber em alguém alguma semelhança comigo... Assim não me sinto tão só nesse mundo de contrários!
Hoje me lembrei da época em que o batom era mais vermelho e duradouro (24 horas), o chocolate não era somente uma bola de açúcar, a roda gigante era imensa, tudo era mágico! Os bailinhos na escola, as festinhas em casa de amigos, o quintal da minha casa, o banho de chuva, o pão com manteiga e cafezinho que nem sonhava em ser gourmet, Sandra minha melhor amiga, o pé de seriguela que era o meu esconderijo preferido! Ah que tempo bom... A Coca-Cola tinha mais gás e eu também! Agora tenho preguiça, cansei de vislumbrar este cenário cinza e institucionalizado... Onde no São João se dança funk!
Aí eu pergunto:

Onde será que travou a engrenagem?

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Mãe, senta aqui, me ouve um pouco
RUTH MANUS
06 Maio 2015 | 10:12
Tá na hora de você dar uma sossegada.
Mãe, pára um pouco. Dois minutinhos só. Sei que a ideia de parar não existe para você, mas eu tô pedindo. Baixa a frequência, senta no sofá, alguém cuida de todo o resto, vai por mim.
Eu sei que não importa quantos anos passem, você tem a eterna sensação de que é responsável por tudo. Pela sua vida, pela minha, pela dos que nos cercam, pelo seu trabalho, pelo meu trabalho, por tudo- inclusive o que está absolutamente fora do seu alcance.
Sei que não adianta eu te dizer que sou adulto, sei que você nunca vai aceitar a ideia de que já não está mais no comando.
Pois é, mãe. Mas o fato é que me flagrei adulto. Não só por causa do trabalho, das responsabilidades e cobranças. Me percebi adulto num certo dia perdido no passado. Dia em que engoli o choro para que você não visse. O dia em que disse em que estava tudo bem quando o peito estava cheio de fantasmas. O dia em que esperei você virar as costas para poder desmoronar.
Por quê? Porque eu sabia que, de um jeito ou de outro, as coisas se ajeitariam. E não ia ser através das suas mãos. Então, por que te preocupar? Por que te angustiar mais do que você já se angustia por conta própria?
Mãe, eu parei de depender da sua barriga, parei de depender do seu peito, parei de depender das mamadeiras quentinhas, parei de depender da ajuda no banho, parei de depender da sua carona.
Mas você nunca parou de se preocupar. Talvez se preocupe ainda mais agora, porque sabe que o voo é cada vez mais alto.
Você se lembra das centenas de vezes em que eu gritei “EU QUERO A MINHA MÃE!” quando era criança? Na verdade eu não queria. Eu precisava. Precisava do seu colo, do seu beijo na testa, do seu cafuné, do seu cheiro. Precisava, porque sem você não havia chão.
Hoje eu não preciso, mãe. Você já me ensinou a amarrar os sapatos, andar olhando pra frente, levantar das quedas, limpar as lágrimas, rir de mim mesmo e seguir em frente. Mais do que me ensinar, você foi o exemplo vivo disso.
Sério mãe, o mundo gira sem que você o empurre. E eu me viro sem que você perca o sono. Porque chegamos num ponto da vida em que eu perco o sono ao te ver sem dormir. Essa dinâmica já não faz mais sentido.
O famoso “eu quero a minha mãe!” é agora. Agora eu quero você. Mas quero você tranquila, ouvindo minhas histórias, mexendo no meu cabelo, rindo comigo, opinando, discordando. Não de peito apertado. Não suspirando pelos cantos achando que eu não vou encontrar o caminho certo. Eu vou. Você me deu o melhor mapa.
Aceite meu presente desse ano: uma relação de amor e de parceria, não mais de dependência, nem prática, nem emocional. Tanto minha quanto sua.
Meu presente, na verdade, é quase um pedido. Essa noite, mãe, deite a cabeça no travesseiro sabendo que está tudo bem. Que mesmo quando minha vida estiver dura, você não precisa ficar com os olhos arregalados, olhando para o teto buscando saída. Isso é comigo.
Você construiu uma pessoa com o que havia de melhor em você. Deu o que tinha e o que não tinha para me fazer feliz e sólido. E eu estou aqui, consciente da minha sorte e da minha força.
Olhe por mim, peça por mim, orgulhe-se de mim. Deixe-me ser de novo a luz dos seus olhos, como fui quando era um bebê sorridente. Não me iludo, achando que você vai parar de se preocupar. Sei que é impossível. Mas deixe-me hoje ser eu quem te abraça e te diz baixinho: está tudo certo.
*
*
♥ Com um beijo de feliz dia das mães às mães de sangue, mães de coração, mães que estão do outro lado das nuvens (mas sempre por perto), pais que também são mães e às tantas madrastas que são o avesso dos contos de fadas, que cuidam e amam pessoinhas que decidiram abraçar como suas.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Pobre menina, virou mulher.

Ser mulher em SP é sobreviver em selva de concreto.
A pequena menina vira mulher logo que menstrua.
Mal sabia, pobrezinha, que ser mulher
Além de uma dádiva é um fardo.
Ser mulher é mais do que uma condição física,
É algo social e cultural.
É quase como uma doutrina.
Ser mulher é viver com medo
De quebrar a unha,
De engordar,
De ser grosseira,
De ser verdadeira.
Ser mulher é ter medo de andar na rua,
Ter medo de um homem caminhando só,
Ter medo de amigos em mesa de bar.
Ser mulher é passar calor em pleno verão,
É não mostrar demais,
Sem mostrar de menos.
Ser mulher é ter diário,
Quarto rosa
E para as sortudas, um namorado.
Passatempo de mulher é costurar,
Obrigação mínima é cozinhar.
Limpeza é algo inato,
Sorrir querendo chorar é um hábito.
Mulher é um ser em equilíbrio mesmo em ruínas,
É ser feminina.
É sentir culpa mesmo sem ser culpada,
É entender mesmo sem ser entendida.
Ser mulher é não ser homem
E se apaixonar por um.
Parecer é mais importante do que ser,
Ter cintura fina é melhor do que qualquer pizza
E ter peito grande é sempre relevante.
Nunca se esqueça que ter sapatos tem que ser o seu pior vício,
Que álcool só aos domingos
E que cigarro não combina com cabelo lavado.
Ser mulher é ser devota à família,
Ser boa mãe, boa filha e boa tia.
Ser esposa carinhosa,
Calada
E boa amiga.
Ser mulher em SP é é sobreviver em selva de concreto.
Ser mulher em SP é ser mulher em qualquer parte.

– Clara Rocca